quarta-feira, 19 de março de 2008

Dissertação a Respeito do Sofrimento

Ao verificarmos o efeito do mal nas situações do dia a dia, fica cada vez mais saliente a questão do porque Deus permite tudo isso; aliás, esta é a argumentação dos que teimam em não crer em Deus, ou culpa-lo de omissão em relação a presença do mal.

A verdade é que Deus não quis que o mal existisse; apenas permitiu que o mal ocorresse por que se assim não fosse, Deus haveria de corromper o principio universal da liberdade por Ele mesmo criado.

Vamos pegar o homem, por exemplo: Porque deixou que o homem pecasse, se o pecado levaria o homem a morte? A resposta é óbvia! Por que amava o homem, não tiraria o livre arbítrio de o homem corresponder ao amor de Deus ou não. Se entendermos que pecado é um outro alvo que não foi estabelecido no amor de Deus, perceberemos que muito embora vendo seu amor sem resposta, Deus não retirou do homem a prerrogativa de usar sua liberdade para até mesmo, escolher pecar.

O amor só exige uma resposta: o amor recíproco; logo a atitude de Deus permitir o mal do homem, está nesta exigência do amor. Em suma: Deus queria que o homem o amasse a ponto de escolher não pecar.

Mas outra premissa do amor é querer compartilhar ou participar da mesma sorte do amado; enfim o texto do livro de João faz muito sentido, em específico, Jo. 03:16... O Amor de Deus não é passivo, antes, sendo permissivo na opção do homem, é também incisivo na intervenção divina da pessoa de Jesus Cristo contra o mal decorrente do pecado do homem. Ele veio para que o homem que amava, fosse liberto, até mesmo de suas próprias escolhas.

É que embora Deus amasse o homem a ponto de respeitar sua liberdade, o bônus do pecado tinha por exigência o ônus de sofrimento. No mesmo amor, Deus não abriu mão de viver a eternidade com o homem, livres do pecado e de todo sofrimento. O plano era até bem simples: Satisfazer o ônus mortal do pecado, pela intercessão sacrifical do Seu filho Jesus Cristo, quitando vicária e definitivamente a dívida do homem que amava, para que este não fosse mais reclamado como mutuário inadimplente do sofrimento.

Logo então, mesmo que o sofrimento exista em decorrência do homem ter escolhido pecar, como preço imposto ao que pecou, o sofrimento foi pago na cruz do Calvário, onde Jesus Cristo levou sobre si mesmo, o peso de todo pecado do mundo, sofrendo assim, e, no lugar do homem, que assim foi redimido e livre para voltar a viver o amor com Deus.

A questão em voga, é que não obstante Jesus ser o próprio Deus, o seu martírio foi 100% legítimo quando foi assimilado pela sua pessoa humana. Muito embora sendo Deus, Jesus pagou em moeda de sofrimento, como homem. Sua morte provou sua humanidade e entregando o seu espírito ao Pai, separou sua divindade do sofrimento, não para que como Deus não sofresse; mas para que não restassem dúvidas que quem morria na cruz e pagava a dívida do homem, era outro homem. Sendo assim, quem escolheu pecar foi um homem que comprometeu com seu pecado todos os homens; e quem escolheu pagar o sofrimento letal exigido pelo pecado do primeiro homem, foi outro homem que redimiu assim, todos os homens, antes comprometidos, mas agora, livres do pecado e de todo sofrimento.

Compilação: E.H.S. Kyniar (baseado em Mensagem de Juliano Son no Sabadore! do dia 16/02/2008, na Primeira Igreja Unida em São Matheus)

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