quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Sacrifício de Outras Vacas

É grave perceber que nos falta coragem, ou que falta coragem para a grande maioria dos evangélicos brasileiros para assumir posturas, nas situações onde não cabe a neutralidade ou a procrastinação de um posicionamento sem ambigüidades.
Vamos sob o pretexto de evitarmos conflitos, mas na verdade com medo de nos expormos ao conflito, deixamos as coisas se definirem sem a nossa interferência, a coisa que poderia mudar muitas situações.
Quando alguém decide seguir a Cristo, ainda se vê tentado por coisas do diabo, mas quando alguém decide servir ao demônio, as coisas de Deus lhe são como afronta!
Entretanto, nós somos os afrontados todos os dias! Pelos ímpios de dentro de nossas casas quando não é toda nossa família que professa a fé em Cristo, pelos parentes, vizinhos e amigos que desaprovam nosso compromisso com a igreja e nosso ministério; pelos colegas de trabalho que se juntam para chacotear e ridicularizar nosso credo; pela sociedade que usam de plebiscitos e leis para manipular as massas contra nossa postura e pregação bíblica, a fim de nos coagirem na aceitação do profano dentro do nosso convívio de fé...
O sectarismo entre as denominações e a covardia de lideranças e representações evangélicas, são que levam a igreja brasileira a não se posicionar nem mesmo diante dos seus próprios escândalos! Desenvolve-se assim, uma tolerância que em nada é bíblica, reafirmando a cultura da "política da boa vizinhança", onde a classe evangélica é uma tola moradora facilmente ludibriada pela vizinha de objetivos iníquos, pelos quais não poupará os que defendem nossa fé, no profano sacrifício do seu culto pela manifestação das trevas.
O sacrifício das vacas que antecedeu a copa do mundo em 2010, não impediu muitos cristãos brasileiros de comparecer aos estádios sul-africanos, para prestigiar muito mais do que futebol (eles me diriam que é coisa cultural e que aqui no Brasil também tem a questão da umbanda e etc...); foram sem peso na consciência, não obstante ao peso espiritual ao qual se submeteram, uma vez que esses sacrifícios foram mais do que especulações.
Houve também os que se mobilizaram a partir da informação para fazer frente de guerra contra estas potestades e principados; mas infelizmente muitos da liderança evangélica minimizam certas questões de batalhas invisíveis; é sempre assim quando se trata de lutar fora das quatro paredes da igreja local, e às vezes, até dentro.
Por causa de atitudes que relegam a realidade espiritual ao simplismo religioso e para alguns até à fantasia, a grande maioria dos intercessores do Brasil não está preparada para batalhas de proporções continentais (embora exista gente insistente e referências internacionais em solo brasileiro).
A realidade é que em face disso, imagino eu cá com a fertilidade de minha imaginação, que ainda houve aqueles que pela condição financeira, até deram um pulinho lá na Índia e colocaram os pés nas águas do Rio Gangis, balbuciando algo em torno de: "Meu Deus, mas como é que podem?... Tem misericórdia desse povo!”
É... Muitos não percebem que já estão com os pés nas águas onde o inimigo batiza suas vítimas. Este é o verdadeiro sacrifício para o diabo; mas diriam alguns: “Mas essas são outras vacas...”