quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Uma Reflexão Atípica Sobre a Amizade


Entre Amigos
Dizem que há uma espécie de orquídea que é parasita... Mas no caso da orquídea pelo menos, a raiz dessa flor nada extrai da planta que lhe dá guarida. Isso por que não faz parte da classe das herbáceas que subsistem do parasitismo; faz, no entanto, parte do grupo das epífitas. Neste caso então, o outro vegetal não é outra coisa senão um suporte para que as raízes da orquídea possam ter mais acesso à luz e a elementos ou substâncias expelidos pelas folhas das árvores, que possam prover o carbono, o nitrogênio e o hidrogênio, coisa que se estivesse no solo não teria, e enfim, morreria.
Não sei se a coisa é mesmo assim, mas imagino que lá no universo da vida vegetal, os ventos da oportunidade trouxeram polens de orquídea, e neles, a possibilidade de um futuro convívio entre diferentes plantas. Sabemos que num ambiente das florestas tropicais e da mata atlântica, há uma concorrência pela luz do sol, essencial para a fotossíntese; é neste ambiente de luta por um lugar ao sol que as plantas parecem se ajudar mutuamente. Assim, se por um lado é bom pra essa espécie de orquídea o suporte vitalício na “amizade” de outra planta, para esta tal planta, é bom apresentar no seu modo, a beleza agregada natural da “amiga” orquídea.
De igual forma, já vi muita samambaia num Xaxim... Na verdade, embora singularmente belo o xaxim ou a samambaiaçu como também é conhecido, é oportuno como suporte e substrato para uma diversidade de plantas epífitas, entre elas as orquídeas, bromélias e outras samambaias. Mesmo na flora silvestre onde a mão do homem não incidiu com cultivo, onde há o xaxim, há indício de vegetação anexa; pode-se dizer que o xaxim nunca está só, e que sua existência é vista mais em função de outra planta do que por si próprio.
O Xaxim é contado entre as espécies da flora em extinção, fato de que é devido à sua associação com outras plantas; mais do que por vias naturais, o homem passou a extraí-lo em função de finalidades da estética e da ornamentação de ambientes metropolitanos. Mesmo contra sua própria existência. O xaxim continua com a mesma natureza: aberto a abrigar a esperança de sobrevivência de seus semelhantes e distintos.
A amizade verdadeira também é assim; se faz suporte, demonstra solicitude ao invés de beleza; um amigo não se importa de ser o fundamento dos que ama. Como um galho ou toco na relva ou no jardim, faz do seu suporte amizade propícia para que a beleza natural daquele o qual chame de amigo ou próximo, seja demonstrada e admirada. Levando em consideração a existência sempiterna de uma entidade legítima e plena na eminência do cosmo, podemos crer que sua manifestação como Deus, provedor de toda a sustentação do universo que se compreenda ou não, mas ainda que imensurável e inimaginável como um ser existente, sua auto-revelação aos homens é sinal de uma honrosa e singular amizade. Um princípio a ser observado que denuncia na sua divina natureza, a amizade e solicitude.
Vejamos como no Éden, quando Deus caminhava com Adão na virada do dia, estava dando a oportunidade ao homem de vivenciar o ser a coroa da criação; todo dia a conduta de Deus com aproximação e amizade, era a de ser o suporte para que desabrochasse a orquídea espiritual do Seu jardim. Coisa semelhante se dá no relacionamento de Deus com Enoque que andou com Ele, desenvolvendo–se de tal forma que não pode mais ser neste espaço e neste tempo; Enoque foi levado da terra para compor um ornamento espiritual e como uma orquídea, foi coletado pelo seu cultivador. Deus, mesmo sendo quem sempre é, fez-Se amigo acessível e postou-Se de suporte para que a frágil raiz humana viesse a ter esperança de crescer e honrá-Lo.  O primeiro e o melhor de todos dos jardineiros, plantou o homem num jardim e regou-o com a estrutura e a vitalidade de Sua amizade.
Deus, não poupou nem mesmo a satanás que se apresentou depois de rodear a terra; ali, Deus arranca do inimigo os louvores e a confissão de honra que Lhe eram devidos pela vida de Jó. Agora Deus podia deixar a condição de suporte e posar com um jardineiro de êxito: Jó era uma orquídea que correspondeu ao suporte de Deus e é por isso que Deus resolve investir mais atenção neste servo:
Jó não buscava a Deus por necessidades, afinal, era um homem próspero; sua relação com Deus era de amizade e co-existência.  Jó não sabia existir sem Deus. Pode até existir sem filhos, bens e propriedades, mas a beleza de sua vida estava anexada ao sustentáculo de Deus; como uma orquídea que se percebeu sem algumas raízes, quase arrancada do seu suporte, deliberou não abrir mão do ainda recebia e sobreviveu para conhecer seu Deus mais profundamente do antes já conhecia.
Um amigo verdadeiro se reporta em fidelidade segundo a expectativa de Deus. Sendo assim, eu por minha vez, prefiro ser o arbusto para que a flor da glória de Deus brilhe para o que me olham; quero ser o xaxim onde os ramos da natural oliveira possam liberar unção.
Jesus mesmo disse: "Já não vos chamo mais de servos, mas sim de amigos..." O noivo procura por amigos que diminuam enquanto ele cresce! Como policio minha alma para ser leal na minha amizade para com Deus! Difícil mesmo, é entender que os amigos do noivo sabem ver o noivo no semblante de Seus amigos; por que o Noivo tem muitos amigos!
Graça e Paz!
Pr. E.H.S. Kyniar

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Falando Francamente Sobre Namoro e Sexualidade Com a Juventude


A JuBaFer - Juventude Batista Em Fernandópolis, tem desenvolvido um primoroso trabalho entre os jovens de nossa igreja e região, um evento em um novo formato chamado Stand Up. Como se fosse um programa de auditório, Samuel Trindade comanda a pauta diversificada entre muitos quadros convidados e o som surpreendente da Banda Alternativa nas vinhetas e números musicais. Na sua segunda edição, o Stand Up trouxe a baila o tema namoro, trazendo para entrevistar um casal e um psicólogo.

Como era de se esperar, a temática manifestou afirmações que formam opinião na elaboração de parâmetros educacionais e mesmo na fé e na santidade. Como o evento não se fez oportunidade para a  atestação pastoral das afirmações pertinentes, faço valer minha coluna e meu blog para ressaltar pontos abordados de forma cuidadosa referente ao jovem e a toda igreja.

Não entro aqui no mérito do Stand Up, nem de sua elaboração, nem de seu formato, nem de seus convidados. Tratarei sim da temática apresentada pelo evento em fórum oportuno e relevante.

Quanto à iniciativa dos jovens de nossa igreja estou contente pela observância da necessidade de salientarmos nesta área, entretanto o evento como formador de opinião necessita desta supervisão pastoral o que faço com apreço e esmero pois nossos jovens merecem o melhor de seu pastor.

Primeiramente acho pertinente falarmos nesta tão conturbada área, a do namoro, quando se trata de jovens evangélicos. Falar sobre, discutir sobre, estabelecer fóruns dessa afinidade pode elucidar muitos princípios que Deus conservou em alguns corações joviais, e eu queria mesmo é dizer em muitos corações.

Vou subdividir minha posição em alguns tópicos, não pela ordem do evento em si, mas pela cronologia dos fatos, como creio que a coisa deva ser:

1. A educação
É responsabilidade dos pais a gama de informações que podem equilibrar a curiosidade do Junior ou adolescente no que se diz respeito:
      Ao Sexo - por que as perguntas começam cedo, e por que com o passar do tempo, mesmo na convivência doméstica, os adultos ou maiores começam a perder o zelo pelos menores e infantis, de forma que a curiosidade começa pelas palavras e expressões e posteriormente direciona para as idéias. Outra coisa são os palavrões; a maioria deles diz respeito a um pensamento de promiscuidade sexual. O exemplo, o esclarecimento e a disciplina são necessários.
      A sexualidade - A igreja de um modo geral, e a nossa fé, tem respaldo bíblico para divergir das ciências entre as quais, a antropologia, Sociologia e a psicologia, quando estas afirmam que as escolhas do indivíduo precisam ser assimiladas e protegidas, mesmo quando estas defraudam o próprio indivíduo. A bíblia afirma categoricamente que a prática homossexual é abominável aos olhos de Deus. Não é homofobia divergir do pensamento homossexual, ou da sua prática; homofobia seria não aceitar a pessoa do homossexual, não amá-la ou ignorá-la na sua escolha autodestrutiva. Não se pode unir homossexualidade e educação como temos visto nas tendências do ensino brasileiro com cartilhas e etc., por que os pais não esclarecem nem estimulam seus filhos nesta área. A sexualidade não é responsabilidade nem da igreja nem do estado, é dos pais.

2. O tempo
Ainda é da responsabilidade dos pais o entendimento com seus filhos quanto ao tempo ideal para que comecem um relacionamento de namoro. Entretanto tem que se levar em consideração que hoje em dia a maioria dos adolescentes não sabem nem o que ser profissionalmente... Acham demais terem que tomar com quinze ou dezessete anos, uma decisão tão permanente como a profissão; e de fato é verdade! Mas quem não tem condições de decidir o que ser, não tem condições de decidir com quem viver para o resto de sua vida. Afinal veremos mais pra frente que a motivação do namoro é o casamento.
É bem verdade que aí, as influências são muito fortes no ambiente externo, e para não esquecer, as definições de libido e vontade nesta área se tornam mais evidentes na adolescência. É ai que uma boa educação fará toda a diferença, por que os filhos que crescem recebendo essa informação de santidade sexual e de sexualidade consolidada, não terão crise com a espera do tempo certo e confiarão nos seus pais neste negócio; agora, quando existe omissão dos pais nestas informações, são os ambientes externos que preencherão estas lacunas com uma idéia distorcida ou equivocada, e nesta formação, os filhos surpreenderão os pais com um avanço no tempo e nas coisas de forma incontrolável.
Mas enfim, penso que quinze anos é muito cedo para qualquer adolescente, por mais maduro que seja... Quem não pode decidir o que quer ser, não pode decidir com quem quer viver.

3. A motivação
Não existe outra razão para que dois jovens namorem a não ser o casamento. Embora tenhamos que admitir que na bíblia o conceito de namoro nunca existiu, e que na verdade a idéia do namoro é algo ocidental, fica entendido e certo que o namoro é como uma caminhada conjunta entre um rapaz e uma moça que já manifestam o desejo e trabalham num plano que os conduzirá a um futuro matrimônio.
A idéia de "ficar", popularmente difundida no ocidente entre os adolescentes e jovens do Sec. XXI, não é outra coisa senão defraudação mútua. Assim, todos são descartáveis, mas todos se machucam nesse processo de usar um ao outro. Habilitam-se em sugar o máximo da alma dessa outra pessoa, mesmo enquanto estão também estão tendo suas almas sugadas. A verdade é que existe um silencioso desejo no coração de cada jovem que o namoro dê certo e que as coisas se encaminhem para que num tempo indeterminado ainda, venha uma coisa mais séria... Talvez até o casamento.
Essas coisas de casamento assustam a maioria dos adolescentes por que observam o casamento de seus pais, que deixaram de zelar pelo exemplo, expondo diante de seus filhos suas diferenças, às vezes até se usando deles para adquirirem apoio e razão perante o cônjuge. A maioria dos pais não pensa, mas o cotidiano de suas casas diz aos seus filhos o que lhes espera lá na frente; daí, muitos jovens ainda querendo ser adolescentes e muitos adolescentes querendo não perder a infantilidade.. Tudo uma fuga para evitarem um futuro parecido com o dos seus pais.
Mas esqueceram de avisar o corpo, os olhos e a idade social para a paquera é bem mais cedo do que os pais pensam; logo, logo, os filhos não crescidos querem a liberdade dos crescidos e as experiências começam longe dos olhos dos pais, com um, com outro, só para ir adquirindo experiência... Isto é terrivelmente errado mas quem está policiando?
O namoro pode ser uma benção se for policiado pelos pais e acontecer debaixo de uma disciplina austera, mas valorizadora. O filho ou a filha que entende o cuidado e o zelo dos pais descobre o quanto é valoroso para seus pais e abre sua alma para essa saudável participação nas suas decisões de namoro. É verdade que existe um senso de espaço e de liberdade que precisa ser assimilado por ambas às partes, mas o resultado é maravilhoso: Um namoro debaixo de benção.

4. O limite
Apesar da sociedade já ter como arcaica a idéia de virgindade masculina e feminina, a igreja não se omite  de auxiliar os pais nesta questão; mas na verdade, ultimamente são os filhos mais interessados em adquirirem forças para permanecerem neste tempo de castidade, do que os pais em reciclarem a educação, disciplina ou mesmo a autoridade sobre seus filhos.
Mas cabe aos pais, a igreja, e até mesmo a sociedade, a inserção de princípios éticos, morais e espirituais que possam dar aos jovens namorados o estabelecimento de limites, que venham de suas próprias decisões e não de imposições externas, sejam de quem for. Uma boa educação, a ministração contumaz da disciplina junto som princípios éticos, morais e espirituais, dotarão qualquer jovem de um senso de limite interior, linha pela qual por usa própria decisão, tal jovem jamais passará.
A virgindade é um selo pessoal de implicações psíquicas, emocionais, sociais e espirituais; mantê-la tem que ser fruto de uma decisão lúcida e pessoal, bem como o entendimento do limite que a preserva durante o namoro, tempo em que de fato, tal selo ainda deve ser guardado, preservado e defendido. Afinal a partir desse ponto, qualquer pessoa que rompa a virgindade de um ou uma jovem, tem acesso não somente ao seu corpo, mas a sua alma e ao seu espírito. eu particularmente acho isso "muito demais" para ser comumente compartilhado fora da aliança do casamento.
De qualquer forma, nada muda o fato de quem se guarda para o casamento é muito mais feliz que os que não se guardam. Se arrepender é bom, mas é melhor não ter que se arrepender.

5. A fidelidade
Hoje em dia até pelo costume imprimido pelo ato de "ficar" com um ou com outro ou com vários ao mesmo tempo, tornou aceitável a infidelidade entre os casais, e o adultério já é considerado pela grande maioria, um tabu em extinção. Falar de fidelidade é falar de vencer os olhos, quando há em nossa volta tantas propostas e opções de experiências extras relacionais; é também falar da carne, um conceito espiritual que é traduzido pela volúpia do ser humano, e neste caso, envolve a libido, a sensualidade e a lascívia, que é a postura de provocação do alheio para que se desperte nele um desejo que não se pode satisfazer dentro dos padrões de santidade.
Essas e outras questões têm acentuado a infidelidade entre até mesmo os que se amam e ainda que seja um relacionamento sério, um escorregão pode corroer toda uma sólida relação.
Fidelidade não é obrigação de casamento, e coerência de acordo com a idéia de que: Quem exige exclusividade, deve ser exclusivo também. A exclusividade é condição Sine Qua Non em qualquer relacionamento, desde o namoro, pelo noivado e no casamento.
Alguém que não consegue ser fiel no namoro não terá novos parâmetros no casamento; pois não é uma questão situacional, mas sim uma deformidade de caráter. Entretanto caracteres podem ser moldados, e a palavra de Deus, a bíblia tem respostas e estímulos que alteram nosso caráter. Destarte alguém que não era fiel antes, agora debaixo da obra do Espírito Santo, pode ser fiel.

6. O Matrimônio
Ninguém deve casar por causa do sexo, entretanto o lugar do sexo é no casamento. Para que se possa compartilhar o corpo, a alma e o espírito com alguém é necessário decidir abrir mão da virgindade, o selo de integridade do jovem diante de Deus e dos homens. O casamento dessa forma é um registro social e espiritual de que agora, pelo sexo, um jovem e uma jovem se tornarão uma só carne. Chamamos isso de consolidação do casamento. Isso por que pode ser que haja uma cerimônia num catedral ou numa igrejinha de esquina, pode haver uma festança da elite ou uns comes e bebes com refrigereco barato; pode haver lua de mel em Cancun ou num "sitinho" do Zé logo ali na rodovia... Se não houver sexo por parte dos noivos, não haverá confirmação do casamento.
Alguns pastores até renomados aos quais me refiro com respeito, erram em tratar esta questão admitindo o sexo antes do casamento, tratando a fornicação (pecado do sexo antes do casamento) como pecado apenas quando há rotatividade de parceiros; dizem esses tais pastores, que quando há sexo há casamento e de algum modo, isto está certo, mas de outra forma, tratam o pecado da fornicação como matrimônio, logo, quando estes namorados “desistem” de seus namoros liberados, teriam que se divorciar, então! Maria mãe de Jesus tinha um compromisso (era noiva), mas esperava o tempo do casamento para que consolidasse sua aliança com José. Por isso Deus teve que se antecipar ao casamento de José e Maria, por que nesta condição Maria ainda seria virgem! Deus espera que as pessoas cheguem virgens em seus casamentos e então, adquiram o direito do sexo sem culpa.
A verdade de que o sexo antes do casamento além de fornicação constitui-se legalmente no concubinato e embora se tenha os mesmo direitos, não é matrimônio. O matrimônio ideal é quando dois noivos virgens, abençoados e liberados por seus pais, decidem que irão se fundir através do pacto de sangue reconhecido amplamente como sexo, se tornando assim diante de Deus, uma só carne.
Mas se alguns casais de jovens avançaram o limite e ingressaram na descoberta do sexo, é claro que isto trará conseqüências para o casamento ou para ávida de ambos, mas ainda há esperança! Arrependa-se de fazer uso do pacto de sangue instituído para dois jovens se casem, e perceba que você ainda continua se comportando como estivesse namorando e não como casado... Ousou entrar pelas “portas” do casamento sem se comprometer como um casado; isto se chama defraudação! Depois, namorados salvos por Jesus, embora namorem, são irmãos em Cristo e sem a permissão do Pai celestial, não podem se fundir em uma só carne; Isso entre dois irmãos em Cristo seria com certeza uma espécie de incesto! Difícil se arrepender do que é inegavelmente prazeroso, mas se levarmos em conta suas conseqüências desastrosas fica mais fácil assimilar a culpa e lamentar o erro. O pecado da fornicação pode ser evitado, mas se não foi pode ser perdoado, desde que tal jovem se levante pelo arrependimento e pratique o ato profético da confissão que envergonha o espírito do pecado e liberta o pecador de seus erros intermitentes.
Enfim, o casamento é uma bênção e não deve ser evitado; contudo o sexo também é benção e só no casamento deve ser praticado.

7. A intimidade
Se há uma coisa com a qual devemos tomar cuidado, é com a propaganda que a gente mesmo faz da pessoa com quem estamos nos relacionando. Não é incomum a troca de informações entre as meninas ou os meninos do que fizeram ou deixaram de fazer, com quem fizeram ou com quem deixaram de fazer, ou como fizeram ou como deixaram de fazer...  É bem verdade que há também casos de segredos que corroem a alma de jovens que precisam se libertar de seus erros, entretanto, é durante o retoque da maquiagem ou numa caminhada pelo corredor, na cabeleireira ou no barbeiro, até na troca de conselhos, acabam-se dando características da intimidade que não deviam ser expostas. Confissão de pecados e aconselhamento é uma coisa, mas a exposição da relação sem intenções reais de terapia ou restauração, seja esta relação namoro, noivado ou casamento, não é uma coisa boa.
A única pessoa que precisa saber e ter consciência de tua felicidade é você mesmo! Isto te manterá fiel e esperançoso na questão de investir no futuro desse relacionamento; expor a intimidade mesmo que por boas intenções pode despertar interesses desnecessários. Sendo assim, mantenha os ambientes de intimidade bem definidos nas tuas relações de amizade e afinidades. Conhecidos freqüentam ambientes para conhecidos, amigos ambientes próprios para os amigos, parentes ambientes para os parentes, família ambiente para família a pessoa amada o seu ambiente exclusivo. Deus, no tabernáculo de Moisés deixa os ambientes bem definidos: Lugar para a congregação, lugar para os ministros e lugar par o sumo sacerdote; é assim que deve ser.
Cada pessoa que mantém níveis de vínculos conosco, tem medições específicas de intensidade e profundidade; e nesta proporção participam de nossa intimidade, uns mais outros menos, de acordo com seus níveis. Isto não é distinção pessoal e sim zelo pela intimidade de nossa vida e nossos pertences sejam abstratos, concretos, naturais ou espirituais.
Sendo assim, não quebre este princípio fazendo participante da tua intimidade alguém que não é teu íntimo. Nosso relacionamento afetivo, eu me refiro do namoro ao casamento, deve ser nosso refúgio; o cofre onde guardamos nossos sonhos e esperanças que ao seu tempo serão repartidos com a pessoa amada, e não é qualquer um que pode ter o segredo para abrir e fuçar ao seu bel prazer. Ser amistoso com todos, sem a necessidade de desconfiar ou sentir ciúmes, sem podar a liberdade de quem ama isto tudo é necessário, Mas ainda assim, guarde bem a intimidade do seu relacionamento.

8. O Curso Aliança
Nossa igreja mantém um curso sobre Aliança - O princípio do casamento, que tanto quem está namorando na intenção de casar (noivos), como quem já mora junto mesmo sem casar, ou quem já está casado, pode fazer. O curso dura 10 Semanas e tem material personalizado, no padrão da Universidade da Família (UDF) que mantém um convênio com Family Foundation ministério do pastor americano Craig Hill. Nosso objetivo é que através deste curso, e de outros que virão, possamos compartilhar princípios da palavra de Deus que podem nos manter nos parâmetros da graça de Cristo Jesus pela qual temos renovada nossa fé em tão poderosa salvação.
Com este curso muitos casais estão restabelecendo seus relacionamentos com bases mais sólidas e atitudes estão sendo modificadas; o que hoje já reflete em alguns casamentos, amanhã refletirá na educação de filhos que trará uma nova geração de adolescentes que não estão envenenados pelo mundanismo. Esta é a parte que podemos falar de nossa estratégia.

9. A igreja
A igreja é uma instituição - Já disse alguém. É verdade; mas o que temos que refletir é a natureza desta instituição. Tal como a família, a igreja é uma instituição divina, de natureza celestial e não deve ser confundida com as instituições cíveis ou igualitárias apresentadas pelas arbitrariedades do homem, dentro de disposições e parâmetros legais.
Quem instituiu a igreja foi Cristo e seu objetivo nunca foi social, embora o exercício da igreja deva atender a esta responsabilidade e não deva colidir com os termos da legalidade, o fórum celestial de Cristo, ao qual a igreja obedece é superior as autoridades pertinentes aos governos humanos. Bem disse o apóstolo Pedro que pelos interesses do evangelho, que “mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At. 05.29). Neste pensamento, não em demérito das convenções humanas, mas no apreço das coisas de Deus, a igreja defende posicionamentos que para algumas seções e entendimentos não são plausíveis. Dentre os quais estão:
  1. ·    A defesa da integral autenticidade bíblica e sua autoridade como nossa regra de fé e prática.
  2. ·       A defesa da família como instituição base para o indivíduo e sua formação.
  3. ·       A defesa da autoridade dos pais na educação e nas medidas disciplinares exigidas.
  4. ·       A defesa da criança como bem maior da família para que não assimile as deformidades da ética e da moral defendidas pelos desmandos das classes de interesses na sociedade.
  5. ·       A defesa da liberdade de culto e de eventuais e necessárias expressões divergentes da parte ou do todo social.
  6. ·      A defesa da voz profética por parte da igreja e seus representantes, dentro e fora dela, incidindo sobre seus membros ou sobre a sociedade, como for necessário.
  7. ·  A defesa da integridade do ser humano como Deus o criou, ressaltando suas características naturais quanto a sua sexualidade, pecaminosidade e necessidade de regeneração pelo poder do evangelho.
  8. ·   .A defesa da castidade nos tempos que antecedem ao casamento ou pelo tempo proposto de celibato.
  9. ·      A defesa do casamento como ato profético que revela a intenção de Deus em ser um com o homem, e como o auge das relações entre um homem e uma mulher que se aliançam.
  10. ·        A defesa da fidelidade conjugal, com sendo os cônjuges exclusividade um do outro
  11. ·        A defesa de nossa fé seja contra a alta crítica na distorção da própria bíblia, ou frente a baixa crítica na menção de todas as ciências e teorias humanas.
  12. ·     A defesa do membro arrolado em nossa igreja, como ovelha que inspira cuidado e às vezes necessita de elucidação pela palavra, pelo conselho, pela normatização interna, pelo estatuto social, pela disciplina congregacional ou pela exclusão da membresia para a segurança do corpo, e/ou do próprio membro.
  13.     A defesa de um pensamento comum, fruto da revelação de Deus, da interação individual com o Espírito Santo e dos esforços de santificação e unidade por parte de toda a igreja.
  14. ·   A defesa da continuidade da igreja e de suas propostas naturais e espirituais sem desvios ou divisões.
Dessas e de derivadas posições, não abrimos mão.

10. O pastor
O pastor ninguém mais é do que o guardião desses valores já expostos. Tem autoridade dada por Deus para observar, corrigir e disciplinar os que eventual ou arbitrariamente venham a se posicionar como passíveis de reprimenda nesta ou em outras áreas quaisquer.

Cabe ao pastor o ensino e fazer valer a prática dos princípios em questão, seja diante dos pais, diante de toda família ou mesmo apenas diante dos filhos; entretanto o pastor não substitui os pais e não deve assimilar suas responsabilidades, como os pais não assumem as responsabilidades pastorais.

O bom andamento do papel pastoral pode nutrir de êxito os demais papeis nesta questão, embora cada pessoa deva a si mesmo o sucesso ou o fracasso de sua vida espiritual.

Enfim é apenas isso que eu penso.

Pr. E.H.S. Kyniar
Primeira Igreja Batista em Fernandópolis